domingo, 2 de junho de 2013

Testes Cláudio Manuel da Costa

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TESTES CLÁUDIO MANUEL DA COSTA                                                              PROF. EDIR


1-     (UFRGS 2002) Leia o soneto a seguir, de Cláudio Manuel da Costa.

01.       "Destes penhascos fez a natureza
02.       O berço em que nasci: oh! quem cuidara
03.       Que entre penhas tão duras se criara
04.       Um alma terna, um peito sem dureza!

05.       Amor, que vence os tigres, por empresa
06.       Tomou logo render-me; ele declara
07.       Contra o meu coração guerra tão rara,
08.       Que não me foi bastante a fortaleza.

09.       Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,
10.       A que dava ocasião minha brandura,
11.       Nunca pude fugir ao cego engano:

12.       Vós, que ostentais a condição mais dura,
13.       Temei, penhas, teme!, que Amor tirano.
14.       Onde há mais resistência, mais se apura."


     Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo sobre o soneto.

(   ) Através da imagem do "berço" (v. 02), o poeta celebra a sua terra natal, que é representada em sintonia com os seus próprios sentimentos.
(   ) O emprego das palavras "alma" (v. 04) "peito" (v. 04) e "coração" (v. 07) funciona como disfarce para o artificialismo e a frieza dos sentimentos do poeta árcade.
(     ) Nos versos 05 a 08, o amor, que vence o poeta, é apresentado através de metáforas que simbolizam ações de guerra.
(    ) No final dos versos 09, 11 e 13, o emprego das palavras rimadas "dano", engano" e "tirano" reforça o sofrimento e a incerteza inerentes à experiência do amor.
(    ) Nos versos 1 a 14, o poeta humaniza a natureza e dirige-se às penhas, alertando-as em relação à força irresistível do amor.

A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) F-V-V-V-F                 d) V-F-V-F-V   
b) V-F-F-V-V                 e) F-V-V-F-V
c) F-F-V-V-V

(MACK) Texto para as questões de 2 e 3

Faz a imaginação de um bem amado,
Que nele se transforme o peito amante;
Daqui vem que a minha alma delirante
Se não distingue já do meu cuidado.

Obs. : do meu cuidado = da pessoa amada


2-      Depreende-se corretamente do texto que

a) a pessoa amada, por meio da imaginação, transforma o peito amante em alma delirante.
b) a distância entre amante e pessoa amada é tão grande, que faz do amor algo irremediavelmente perdido.
c) nem nos sonhos é possível realizar plenamente o desejo amoroso.
d) o amante, no plano do imaginário, transfigura-se no ser amado.
e) o bem amado atrai para si o peito amante, graças ao delírio amoroso.

3-      Assinale a alternativa que apresenta comentário crítico adequado à obra de Cláudio Manuel da Costa, poeta do Arcadismo brasileiro.

a) ... sua poesia prolonga uma atmosfera lírica e moral que descortinamos na poesia camoniana, evidente no emprego constante da antítese, do paradoxo e do
racionalismo ...
b) ... a essência doutrinária revela um homem primitivo, apegado ainda à Idade Média: os poemas respiram uma fé inabalável, intocada pelos ventos críticos da Renascença.
c) ... o sentimento amoroso se espraia livremente; notase que o poeta infringe os princípios clássicos da contenção e manifesta a emoção dum modo tal que
seus versos acabam adquirindo foros de crônica amorosa.
d) ...é preciso ver na força desse poeta o ponto exato em que o mito do bom selvagem, constante desde os árcades, acabou por fazer-se verdade artística.
e) ... os seus versos agradaram, e creio que ainda possam agradar aos que pedem pouco à literatura: uma expressão fácil, uma sintaxe linear, uma linguagem coloquial e brejeira...

4-      (UPF 2012) Na poesia de Cláudio Manuel da Costa verifica-se um conflito entre as solicitações da poética neoclássica ou árcade, que o levam a conceber artificialmente  uma paisagem _________________, e o sentimento nativista do escritor, que o impele a aproveitar artisticamente a paisagem ______________ de sua pátria.

A alternativa que completa corretamente as lacunas do texto anterior é:
a) amena - bucólica
b) rústica - bucólica
c) bucólica - rústica
d) rústica - amena
e) bucólica - amena

5-       
Se sou pobre pastor, se não governo
Reinos, nações, províncias, mundo e gentes;
Se em frio, calma e chuvas inclementes
Passo o verão, outono, estio, inverno;

Nem por isso trocara o abrigo terno
Dessa choça, em que vivo, co’as enchentes
Dessa grande fortuna: assaz presentes
Tenho as paixões desse tormento eterno,

Adorar as traições, amor e engano,
Ouvir dos lastimosos o gemido,
Passar aflito o dia, mês e o ano.

Seja embora prazer; que ao meu ouvido
Soe melhor a voz do desengano
Que da torpe lisonja o infame ruído.

Sobre esse soneto de Cláudio Manuel da costa, podemos dizer que:

I ) Apresenta características árcades, tais como o ideal de simplicidade e naturalidade.
II) É um poema de características barrocas, cujo tema é a crítica à vaidade humana.
III) O eu-lírico opta por uma vida de isolamento junto à natureza, em detrimento de uma vida de fortuna, cheia de lisonjas, mas de possíveis traições.
IV) O eu-lírico expressa a dúvida, pois tem a opção de trocar a vida sossegada no campo, por uma vida agitada na cidade.

Estão corretas apenas as afirmações:

a) I e IV.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e III.
e) Nenhuma afirmação está correta.

6-      (UPF 2012 INVERNO)
Neste álamo sombrio, aonde a escura
Noite produz a imagem do segredo;
Em que apenas distingue o próprio medo
Do feio assombro a hórrida figura;

Aqui, onde não geme, nem murmura
Zéfiro brando em fúnebre arvoredo,
Sentado sobre o tosco de um penedo
Chorava Fido a sua desventura.

Às lágrimas a penha enternecida
Um rio fecundou, donde manava
D'ânsia mortal a cópia derretida:

A natureza em ambos se mudava;
Abalava-se a penha comovida;
Fido, estátua da dor, se congelava.

Leia as seguintes afirmações sobre o soneto XXII, de Cláudio Manuel da Costa, transcrito acima:
I. O pastor lamenta a sua desventura amorosa e, na sua dor, transforma-se em uma estátua.
II. A referência a elementos da natureza mostra que esse soneto é um exemplo da poesia épica produzida pelo autor.
III. A natureza amena presente no poema corresponde integralmente às normas da poesia arcádica.

Está correto apenas o que se afirma em:
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) II e III

7-      Assinale a alternativa INCORRETA a respeito de Cláudio Manuel da Costa.
a) Além da produção lírica, escreveu um poema de caráter épico que se intitula "Vila Rica".
b) Sob o pseudônimo árcade de Glauceste Satúrnio, compôs uma poesia em que é marcante a imagem da pedra.
c) Compôs poemas marcados pela condição do pastor que procura a natureza como refúgio.
d) Cultiva a forma do soneto em que explora temas como a infelicidade amorosa.
e) Sua produção poética costuma ser dividida pela crítica em lírica, satírica e religiosa.

Texto para as questões de 8 a 10

01 Já rompe, Nise, a matutina Aurora
02 O negro manto, com que a noite escura,
03 Sufocando do Sol a face pura,
04 Tinha escondido a chama brilhadora.

8-      Nessa estrofe, o poeta
a) dirige-se a Nise, com intuito de expressar tristeza pelo fato de o manto negro da noite corromper a beleza do dia, representada pela deusa Aurora.
b) dirige-se à amada para lamentar o fim de uma noite de amor pela chegada de novo dia, fato comprovado pelo uso das expressões a matutina Aurora e chama brilhadora.
c) dirige-se a Nise e lhe descreve um quadro da natureza por meio de metáforas como, por exemplo, negro manto e Sufocando do Sol a face pura.
d) declara seu amor a Nise com uma linguagem emotiva (rompe, negro manto etc), estabelecendo uma analogia entre a natureza grandiosa e a beleza da amada.
e) declara seu amor à Musa e lamenta o fato de não ser correspondido, já que a face pura do Sol foi apagada pelo negro manto da noite escura.

9-      Considerando suas imagens e sua forma, é correto dizer que o texto se vincula à
a) tradição clássica, que orientou a produção literária no Brasil colonial.
b) estética romântica, que caracterizou a literatura brasileira pós-independência política.
c) tradição literária medieval, recuperada pelos poetas brasileiros do século XIX.
d) estética simbolista, que explorou a musicalidade da palavra, em detrimento do conteúdo.
e) estética parnasiana, acentuadamente subjetiva e idealizadora.

10-   (ENEM 2008)

Torno a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,

Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto
Se converta em afetos de alegria.

Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia
dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.

Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção.
a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.
b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.
c) O bucolismo presente nas imagens do poema éelemento estético do Arcadismo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional.
d) A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a Metrópole.
e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria.


GABARITO

1-      C
2-      D
3-      A
4-      C
5-      D
6-      A
7-      E
8-      C
9-      A

10-  B

Testes Padre Antônio Vieira

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TESTES PADRE ANTÔNIO VIEIRA                                                                      PROF. EDIR

1-     (UFRGS) Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo sobre os dois grandes nomes do barroco brasileiro.

(    ) A obra poética de Gregório de Matos oscila entre os valores transcendentais e os valores mundanos, exemplificando as tensões do seu tempo.
(    ) O sermões do Padre Vieira caracterizam-se por uma construção de imagens dobradas em numerosos exemplos que visam a enfatizar o conteúdo da pregação.
(    ) Gregório de Matos e o Padre Vieira, em seus poemas e sermões, mostram exacerbados sentimentos patrióticos expressos em linguagem barroca.
(    ) A produção satírica de Gregório de Matos e o tom dos sermões do Padre Vieira representam duas faces da alma barroca no Brasil.
(    ) O poeta e o pregador alertam os contemporâneos para o desvio operado pela retórica retumbante e vazia.

            A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V-F-F-F-F          c) V-V-F-V-F       e) F-F-F-V-V

                  b) V-V-V-V-F          d) F-F-V-V-V

2-     (UFSM 2000) Leia o trecho de um sermão, do Padre Antônio Vieira:

            Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos um estilo tão empeçado, um estilo tão dificultoso, um estilo tão afetado, um estilo tão encontrado a toda parte e a toda a natureza? O estilo há de ser muito fácil e muito natural. Compara Cristo o pregar e o semear, porque o semear é uma parte que tem mais de natureza que de arte.

O objetivo do autor é

a) destacar que a naturalidade - propriedade da natureza - pode tornar mais claro o estilo das pregações religiosas.
b) salientar que o estilo usado na igreja, naquela época, não era afetado em dificultoso.
c) argumentar que o estilo usado na igreja, naquela época, não era afetado nem dificultoso.
d) argumentar que a lição de Cristo é desnecessária para os objetivos da pregação religiosa.
e) mostrar que, segundo o exemplo de Cristo, pregar e semear afetam o estilo, porque são prática inconciliáveis.

3-     (PEIES-2002) "Os dolorosos são os que vos pertencem a vós, como os gozosos aos que devendo-vos tratar como irmãos, se chamam vossos senhores. Eles andam, e vós servis; eles dormem, e vós velais; eles descansam, e vós trabalhais; eles gozam o fruto de vossos trabalhos, e o que vós colheis deles é um trabalho sobre outro."
VIEIRA, Pe. A. Sermões. Porto: Lello, 1959. p. 135

            No trecho do sermão de Vieira, a ____________ entre os mistérios dolorosos e gozosos serve como ponto de partida para a construção em _________, recurso básico da estruturação do texto, por meio do qual o autor destaca a perversidade do sistema __________.
            Assinale a alternativa que completa, corretamente, as lacunas:
a) metonímia - metonímias - escravagista
b) comparação - comparações - indianista
c) comparação - antíteses - escravagista
d) assonância - assonâncias - judaico
e) gradação - gradações - indianista

4-     (UFSM 2006) Leia o seguinte fragmento extraído do Sermão de Santo Antônio, de Pe. Vieira.

            "(...) o pão é comer de todos dos dias, que sempre e continuamente se come: isto é o que padecem os pequenos. São o pão cotidiano dos grandes; e assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e tudo são comidos os miseráveis pequenos, não tendo, nem fazendo ofício em que os não carreguem, em que os não multem, em que os não defraudem, em que os não comam, traguem e devorem (...)"

No trecho, observa-se que Vieira
I. constrói a argumentação por meio da analogia, o que constitui um traço característico da prosa vieiriana.
II. finaliza com uma gradação crescente a fim de dar ênfase à voracidade da exploração sofrida pelos pequenos.
III. afirmar, ao estabelecer uma comparação entre os humildes e o pão, alimento de consumo diário, que a exploração dos pequenos é aceitável porque cotidiana.

Está(ão) correta(s) apenas

a) I.      b) I e III.      c) III.      d) II e III.      e) I, II e III.

5-     (UFSM 2007) Leia o trecho a seguir.

            Por isto são maus ouvintes os de entendimentos agudos. Mas os de vontades endurecidas ainda são piores, porque um entendimento agudo pode-se ferir pelos mesmos fios e vencer-se uma agudeza com outra maior; mas contra vontades endurecidas nenhuma coisa aproveita a agudeza, antes dana mais, porque quando as setas são mais agudas, tanto mais facilmente se despontam na pedra. Oh! Deus nos livre de vontades endurecidas, que ainda são piores que as pedras.
(Sermão da Sexagésima, de Pe. Antônio Vieira.)

Pelo trecho reproduzido, pode-se concluir que o Sermão da Sexagésima trata da

a) problemática da pregação religiosa, considerando as figuras dos pregadores e dos fiéis.
b) necessidade do engajamento dos fiéis nas batalhas contra os holandeses.
c) perseguição sofrida pelo pregador em função do apoio que emprestava a índios e negros.
d) exortação que o pregador fazia em favor de seu projeto de criar a Campanha das Índias Ocidentais.
e) condenação aos governantes locais que desobedeciam os princípios do mercantilismo seiscentista.

6-     (UNIFRA 2007)

... os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. — Os outros ladrões roubam
um homem: estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco: estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.

Sobre esse fragmento do Sermão do bom ladrão, de Padre Antônio Vieira, pode-se reconhecer

a) a presença do cultismo, tendo em vista a sofisticação e extravagância dos termos utilizados.
b) a ausência de cuidado com a linguagem, com a utilização de repetições indevidas que apenas tornam cansativo o texto.
c) o conceptismo que, por meio do predomínio da lógica das idéias, é praticado como recurso à crítica contra as injustiças.
d) o uso fantasioso de antíteses e paradoxos que, tornando complexo o pensamento, filiam-se ao estilo de gôngora.
e) a subjetividade que marca o estilo barroco do autor, preocupado em defender os poderosos.

É verdade que Portugal era um cantinho, ou um canteirinho da Europa, mas neste cantinho de terra pura e mimosa de Deus: Fide purum, et pietate dilectum, nesse cantinho quis o céu depositar a fé que dali se havia de derivar a todas estas vastíssimas terras, introduzida com tanto valor, cultivada com tanto trabalho, regada com tanto sangue, recolhida com tantos suores, e metida finalmente nos seleiros da Igreja, debaixo das chaves de Pedro, com tanta glória. Medindo-se Portugal consigo mesmo, e, reconhecendo-se tão pequeno à vista de uma empresa tão imensa, poderá dizer o que disse Jeremias, quando Deus o escolheu para profeta das gentes: Et prophetam in gentibus dedi te. E que disse Jeremias? Et dixit: A, A, A, Domine Deus, quia puer ego sum (Jer. 1,6): Ah! Ah! Ah! Deus meu, onde me mandais, que sou muito pequeno para tamanha empresa. — O mesmo pudera dizer Portugal. Mas tirando-lhe Deus da boca estes três AAA, ao primeiro A, escreveu África, ao segundo A escreveu Ásia, ao terceiro A escreveu América, sujeitando todas três a seu império, como Senhor, e à sua doutrina, como luz: Vos estis lux mundi.

(UFRGS 2011) As questões 7 e 8 estão relacionadas ao trecho extraído do Sermão de Santo Antônio de Padre Antônio Vieira.

7. Considere as seguintes afirmações, sobre o trecho.
I - Vieira transforma os três AAA que manifestaram a dúvida de Jeremias nas iniciais dos três continentes (África, Ásia e América), onde se desenvolvia a missão dvilizadora e catequética dos portugueses.
II - É possível identificar a índole militante e nacionalista do padre e uma enfática defesa da ação violenta de Portugal e de seus aliados.
III - O sermonista justifica eventos históricos, como a grandeza do Império português no período da expansão ultramarina, a partir de casos exemplares extraídos da Bíblia, como a escolha que Deus fez de Jeremias para a difícil missão de profetizar.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.               d) Apenas I e III.
b) Apenas II.              e) I, II e III.
c) Apenas III.

8 Considere as seguintes afirmações, sobre o mesmo trecho.

I - Ao referir-se a elementos como "cantinho de terra pura e mimosa de Deus" e "celeiros da Igreja", Vieira celebra a capacidade de Portugal de suprir a carência europeia de alimentos.
II - Jeremias, por sentir-se frágil, questiona sua capacidade de empreender com sucesso a ação profética.
III - A intenção do sermão é exaltar a conquista de três continentes por um reino tão pequeno como o português.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.       b) Apenas II.     c) Apenas I e III.
              d) Apenas II e III.      e) I, II e III.

9- O sermão de Santo Antônio ou dos Peixes é um dois mais significativos da arte oratória do Padre Antônio Vieira. O pregador em São Luís do Maranhão, no ano de 1654. Com relação a esse sermão, analise as afirmativas abaixo:

I. O pregador o fez com o objetivo de encontrar solução para o problema dos índios, barbaramente escravizados pelos colonos;
II. O jesuíta finge dirigir-se aos peixes e não aos homens para recriminar a má vida dos espectadores, que se recusavam ao seguir os ensinamentos cristãos;
III. O orador critica os pregadores que distorcem a palavra de Deus, utilizando-a com o simples propósito de agradar aos ouvintes do sermão.

É correto o que se afirma em:

a)     II e III
b)    I e III
c)     Todas
d)    I e II
e)     I


10- (UFBA)
“Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os Pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra, o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção, mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela,
que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os Pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina, que lhes dão, a não querem receber; ou é porque
o sal não salga, e os Pregadores dizem uma cousa, e fazem outra, ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem: ou é porque o sal não salga, e os Pregadores se pregam a si, e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal.”

O autor aponta como causa da corrupção na terra:

a) a doutrina pregada é fraca ou os homens não lhe são receptivos.
b) os pregadores pregam uma falsa doutrina ou a doutrina é ineficiente.
c) os homens não são receptivos à doutrina, porque ela é verdadeira.
d) a ação dos pregadores não testemunha o que eles pregam.
e) os homens tentam imitar os pregadores, seguindo-lhes a doutrina




GABARITO

1-      C
2-      A
3-      C
4-      A
5-      A
6-      C
7-      D
8-      D
9-      C
10-  D



segunda-feira, 20 de maio de 2013

Mudanças no Vestibular UCPel 2013!



A tradicional prova da Universidade Católica de Pelotas apresentou mudanças significativas nos conteúdos de Literatura: A denominação da disciplina passa a ser "Literatura em Língua Portuguesa", o que significa que temos o acréscimo de períodos anteriores ao Romantismo, desde o Humanismo, contemplando autores lusitanos como Gil Vicente e Camões, além ampliar o repertório de autores exigidos. Na prática a prova deve ficar semelhante a exames como PUC-RS e UNISC: pode cair de tudo um pouco e não há leituras obrigatórias, ficando mais difícil prever o que aparecerá em cada questão. Vale o conhecimento global da Literatura. 

Veja o Programa:

Humanismo:
Contexto histórico; Gil Vicente.
Classicismo:
Contexto histórico; Luís de Camões.
Principais Movimentos:
Romantismo; Realismo; Naturalismo; Parnasianismo; Simbolismo; Pré-Modernismo; Modernismo; Literatura
dos séculos XX-XXI.
Contexto Sócio-Histórico, Literário e Cultural e Autores Representativos dos Seguintes Períodos:
Romantismo: Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Castro Alves, Francisco Lobo da Costa,
José de Alencar, Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Antônio de Almeida, Martins Pena.
Realismo: Machado de Assis, Raul Pompeia, Eça de Queirós.
Naturalismo: Aluísio Azevedo.
Parnasianismo: Olavo Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira.
Simbolismo: Cruz e Souza, Alphonsus de Guimaraens.
Pré-Modernismo: Graça Aranha, Euclides da Cunha, Lima Barreto, Augusto dos Anjos, Monteiro Lobato,
Simões Lopes Neto.
Modernismo: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Raul Bopp, Fernando Pessoa.
Tendências Contemporâneas: Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Érico Veríssimo, Jorge
Amado, Cecília Meireles, Murilo Mendes, Mário Quintana, Ferreira Gullar, Adélia Prado, Vinícius de Moraes,
Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, João Guimarães Rosa, Nelson Rodrigues, Ariano
Suassuna, João Ubaldo Ribeiro, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Fernando Sabino, Autran Dourado,
Josué Guimarães, Dalton Trevisan, Raduan Nassar, Rubem Fonseca, Moacyr Scliar, Luiz Antônio de Assis Brasil,
Sérgio Faraco, Chico Buarque de Hollanda, José Saramago, Milton Hatoum, Mia Couto, Luís Fernando
Veríssimo, Lya Luft.

Veja o edital aqui

As inscrições (no valor de R$ 50,00) podem ser feitas de 13/05/2013 a 07/06/2013



De 08/06/2013 a 16/06/2013  passa ao valor de R$ 80,00.

Prova no dia 23/6 !!!

Mais informações no site do Vestibular UCPel 2013!


domingo, 28 de abril de 2013

Vestibular de inverno UNISC 2013



Processo seletivo – Vestibular de Inverno 2013
As inscrições serão realizadas no período de 03 de maio a 13 de junho de 2013.
A prova é no dia 22 de junho de 2013, com início às 14h e término às 19h, nos respectivoscampi.
Em breve mais informações no site do vestibular.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Udesc anuncia adesão parcial ao Enem e SiSU

Udesc anuncia adesão parcial ao Enem e SiSU

ABRIL 20, 2013 POR INFOENEM

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vem ganhando cada vez mais força. Esta semana mais uma importante universidade pública confirmou adesão ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU), que classifica estudantes com base nas notas do exame: a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

A decisão foi tomada pelo Conselho Universitário (Consuni), na última terça-feira (16), e já valerá para o Vestibular de Verão 2014, realizado no fim desse ano.

De acordo com Assessoria de Comunicação, a Udesc reservará 25% de suas vagas para preenchimento através do SiSU, enquanto o restante será preenchido pelo vestibular tradicional. Em valores absolutos, cerca de 400 vagas corresponderão ao percentual disponibilizado para o sistema do Ministério da Educação.

Também foi decidido que 30% das vagas oferecidas através do SiSU serão reservadas para alunos de escolas públicas e negros, seguindo a Política de Ações Afirmativas da universidade.

Com relação aos objetivos e intenções da universidade com este “teste” no SiSU, o reitor Luciano Hack foi bem claro: “A decisão permitirá que a Udesc ganhe projeção nacional e receba recursos federais para uso em ações afirmativas para permanência estudantil”.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Testes: Gregório de Matos (Leitura Obrigatória UFRGS 2014)

Gregório de Matos faz parte das leituras obrigatórias UFRGS 2014 e também figura na prova da UPF. Abaixo temos uma lista com 25 testes para avaliar seus conhecimentos sobre este autor fundamental da literatura brasileira.

Baixe aqui a lista completa!


Testes Gregório de Matos – Prof. Edir

1-     Leia os versos:

           "Nasce o Sol, e não dura mais que um dia.
          Depois da luz, se segue a noite escura,
          Em tristes sombras morre a formosura,
          Em contínuas tristezas a alegria."

          Na estrofe acima, de um soneto de Gregório de Matos Guerra, a principal característica Barroca é:

a) o culto a Natureza
b) a utilização de rimas alternadas
c) a forte presença de antíteses
d) o culto do amor cortês
e) o uso de aliterações

2-     Entre os nomes e características apresentados a seguir, destaque os que podem ser associados ao Barroco.

1. Cultismo e Conceptismo
2. Linguagem ornamentada e frases sinuosas
3. Padre Antônio Vieira e Manuel Botelho de Oliveira
4. Preocupação com a racionalidade
5. Gregório de Matos e Basílio da Gama
6. Tentativa de conciliar pólos opostos

          A resposta correta é

a) 1-2-3-6.       c) 1-3-4-5.         e) 2-4-5-6.
b) 1-2-3-5.       d) 2-3-4-6.

3-     Leia os versos de Gregório de Matos Guerra:

Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te,
Te lembra hoje Deus por sua Igreja;
De pó te fez espelho, em que se veja
A vil matéria, de que quis formar-te.

Conforme sugere o excerto acima, o poeta barroco não raro expressa

a) o medo de ser infeliz, uma intensa angústia em face da vida, a que não consegue dar sentido; a desilusão diante da falência de valores terrenos e divinos.
b) a consciência de que o mundo terreno é efêmero e vão; o sentimento de nulidade diante de poder divino.
c) a percepção de que não há saídas para o homem; a certeza de que o aguardam o inferno e a desgraça espiritual.
d) a necessidade de ser piedoso e caritativo, paralela à vontade de fruir até as últimas conseqüências o lado material da vida.
e) a revolta corta os aspectos fatais que os deuses imprimem a seu destino e à vida na Terra.

4-     A respeito da poesia de Gregório de Matos, é INCORRETO afirmar:

a) Pode ser dividida em lírica (amorosa, sacra e filosófica) e satírica.
b) Popularizou-se pela irreverência com que criticou a sociedade da época.
c) É comum apresentar recursos estilísticos que permitem caracterizá-la como cultista.
d) Na vertente religiosa, o conflito se estabelece entre os pólos do pecado e do perdão.
e) O segmento lírico-amoroso trata com igual escárnio mulheres de diferentes posições sociais.

5-     Considere as afirmações abaixo

I - A obra de Gregório de Matos abordou liricamente a religião e a vida amorosa, que se concretizam, na sua poesia, no conflito entre o pecado e o prazer.
II - Para concretizar esses conflitos, Gregório de Matos fez uso frequente de figuras retóricas como antíteses e paradoxos.
III - A crítica social que se pode encontrar nos poemas de Gregório de Matos dirige-se principalmente aos homens públicos de Minas Gerais do século XVIII.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.    c) Apenas I e II.     d) Apenas I e III.

                  b) Apenas II.        e) I, II e III.

6-      Assinale a alternativa incorreta:

          O Barroco surgiu como reação aos ideais da Idade Média e à valorização demasiada da Antigüidade clássica, apresentando:

a) a fusão do teocentrismo com o antropocentrismo.
b) predomínio do equilíbrio em todas as formas artísticas.
c) estilo rebuscado como manifestação de angústia.
d) predomínio de forma, cor e riqueza, em detrimento do conteúdo.
e) a fusão do pecado com o perdão.

7-      (UFRGS) Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo sobre os dois grandes nomes do barroco brasileiro.

(    ) A obra poética de Gregório de Matos oscila entre os valores transcendentais e os valores mundanos, exemplificando as tensões do seu tempo.
(    ) O sermões do Padre Vieira caracterizam-se por uma construção de imagens dobradas em numerosos exemplos que visam a enfatizar o conteúdo da pregação.
(    ) Gregório de Matos e o Padre Vieira, em seus poemas e sermões, mostram exacerbados sentimentos patrióticos expressos em linguagem barroca.
(    ) A produção satírica de Gregório de Matos e o tom dos sermões do Padre Vieira representam duas faces da alma barroca no Brasil.
(    ) O poeta e o pregador alertam os contemporâneos para o desvio operado pela retórica retumbante e vazia.

          A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V-F-F-F-F        c) V-V-F-V-F       e) F-F-F-V-V

                  b) V-V-V-V-F        d) F-F-V-V-V

8-     (UFRGS) Leia o texto abaixo, À Cidade da Bahia, de Gregório de Matos.

Triste Bahia! ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mim abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante.
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh! se quisera Deus, que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!

Assinale a alternativa correta em relação a esse soneto.

a) pela forma de soneto e pelo tom satírico, o poema À Cidade da Bahia antecipa o parnasianismo na poesia brasileira.
b) Gregório optou, no seu poema, pelo tom satírico para melhor expressar sua crítica ao poder do clero.
c) A Bahia é representada através de sua tristeza e antiguidade, enquanto o estrangeiro colonizador é valorizado por suas negociatas e seu vestuário.
d) O poema não dá referências sobre os meios de produção da época, limitando-se a expressar a tristeza do poeta pelo seu empobrecimento.
e) O poema constrói, através de imagens elaboradas, uma crítica à exploração econômica que sofreu a Bahia no período colonial.

9-     (UFRGS 2003) Leia o soneto de Gregório de Matos Guerra.

"Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém, se acaba o Sol, porque nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim de fia?

Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância."

Considere as afirmações abaixo sobre esse soneto.

I. É um soneto barroco, característico do século XVII, que se compõe de um jogo de contrastes.
II. O primeiro quarteto reúne movimentos cíclicos da natureza, efeitos da passagem do tempo e sentimentos humanos.
III. O segundo quarteto expressa um inconformismo com a passagem do tempo, expresso nas indagações do poeta.

Está(ão) correta(s) apenas

a) I.       b) II.       c) III.      d) I e II.      e) I, II e III.

10-   (UFSM 2001) A respeito da poesia de Gregório de Matos, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Tematiza motivos de Minas Gerais, onde o poeta viveu.
b) A lírica religiosa apresenta culpa pelo pecado cometido.
c) As composições satíricas atacam governantes da colônia.
d) O lirismo amoroso é marcado por sensível carga erótica.
e) Apresenta uma divisão entre prazeres terrenos e salvação eterna.

11-   (UFSM 2003) Leia o que Júlio César de Barros editou para o "Veja essa", da revista Veja:


Veja essa

"Seja o que
Deus quiser."
Manchete do jornal argentino
Página 12, no dia da reabertura
dos bancos com câmbio liberado,
após uma semana de feriado bancário.
Veja, ano 25, n°18, 08/05/2002, p. 34.

"Só Deus pode me aposentar."
Romeu Tuma, senador (PFL-SP), afastando
a hipótese de desistir da candidatura
à prefeitura de São Paulo, depois que seu
nome apareceu na fita do juiz Lau-Lau.
Veja, ano 33, n°30, 26/07/2000, p. 36.

Agora, leia o soneto de Gregório de Matos:

Isto, que ouço chamar por todo o mundo
Fortuna, de uns cruel, d'outra ímpia,
É no rigor da boa teologia
Providência de Deus alto, e profundo.

Vai-se com o temporal a Nau ao fundo
Carregada de rica mercancia*,
Queixa-se da Fortuna, que a envia,
E eu sei, que a submergiu Deus iracundo.

Mas se faz tudo a alta Providência
De Deus, como reparte justamente
À culpa bens, e males à inocência?

Não sou tão perspicaz, nem tão ciente,
Que explique arcanos** d'alta inteligência,
Só vos lembro, que é Deus, o providente.

* mercancia = mercadoria
** arcanos = mistérios

          Tanto a manchete do jornal argentino quanto o comentário de Romeu Tuma declaram que só Deus tem o poder de determinar o futuro do homem. Já o poema se refere a critérios divinos em que pecadores são premiados e inocentes são castigados, o que pode ser melhor identificado no(s)

a) 1° quarteto.            d) 1° quarteto e 2° terceto.
b) 2° quarteto.                        e) 2° quarteto e 2° terceto.
c) 1° terceto.

(UNIFRA 2005) As questões 12 e 13 referem-se ao texto de Gregório de Matos Guerra.

“Ó tu do meu amor fiel traslado
Mariposa entre as chamas consumida,
Pois se à força do ardor perdes a vida,
A violência do fogo me há prostrado.

Tu de amante o teu fim hás encontrado,
Essa flama girando apetecida;
Eu girando uma penha endurecida,
No fogo, que exalou, morro abrasado.

Ambos de firmes anelando chamas,
Tu a vida deixas, eu a morte imploro
Nas constâncias iguais, iguais nas famas.

Mas ai! Que a diferença entre nós choro,
Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro.”

12-  Com relação ao poema, assinale a alternativa correta.

a) Trata-se de um soneto, forma lírica que tem início no Modernismo, quando se afirma o racionalismo em meio às dores sentimentais do sujeito fragmentado.
b) No texto poético, predomina uma linguagem simples, ligada ao cotidiano, assim como é simplificada a estruturação dos versos, em que não existe inversão na organização sintática.
c) O termo “chamas” é utilizado no sentido denotativo, pois as mariposas buscam a luz das velas; no entanto, quando o poeta fala em fogo, emprega o sentido conotativo, pois se refere à sua paixão.
d) Não existe a utilização de figuras de linguagem como a metonímia e a metáfora nos versos, tendo em vista tratar-se de uma expressão lírica típica das formulações objetivas do romantismo expressionista.
e) Na contraposição da luz com a morte, estabelece-se uma síntese que anula o sentido paradoxal das emoções do eu-lírico.

13-  Com relação ao período literário no qual se insere o texto, pode-se afirmar que:

a) Trata-se da estética modernista na qual imperavam as crises individuais do homem diante do progresso racionalista, representado pela idéia da luz do pensamento.
b) O movimento da Contrarreforma foi um dos principais motivos de seu desenvolvimento, quando ao racionalismo renascentista sobrepôs-se a força do sentimento religioso, gerando a tensão dos paradoxos pelos quais passou a se expressar o artista do século XVII.
c) Significou um momento de forte expressão da passividade individual diante da luta pela preservação da vida, sentimento típico do bucolismo árcade.
d) Revelou a maior contribuição do preciosismo vocabular, bem de acordo com as prerrogativas artístico literárias do parnasianismo setecentista.
e) Caracterizou-se pelo uso de símbolos numa época
de grande abstração do pensamento humano, como
exemplifica a marcante recorrência do termo “mariposa” (= metamorfose).

14-  (UPF 2008) Leia o seguinte soneto de Gregório de Matos.

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.

Considere as seguintes afirmações.

I. O poema está construído sob diversas antíteses, por meio dos quais é evidenciada a ideia da instabilidade das coisas do mundo.
II. O eu lírico do poema expressa angústia frente à efemeridade da vida, especialmente porque nunca saberá os mistérios que determinam as mudanças das coisas terrenas.
III. À semelhança de alguns poemas de Luís Vaz de Camões, o poema de Gregório de Matos é um exemplo de soneto metafísico, evidenciando a angústia do eu lírico devido à constatação de que nada se altera e que tudo retorna ao conhecimento do homem.

Quais estão corretas?

a) Apenas I           b) Apenas II       c) Apenas I e II

                 d) Apenas II e III           e) I, II e III

15-  (UPF 2009 Verão) Leia o soneto abaixo, composto por Gregório de Matos:

É a vaidade, Fábio, nesta vida
Rosa, que de manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.

É planta, que de abril favorecida,
Por mares de soberba desatada,
Florida galeota empavesada,
Sulca ufana, navega destemida.

É nau enfim, que em breve ligeireza,
Com presunção de Fênix generosa,
Galhardias apresta, alentos preza:

Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa
De que importa, se aguarda sem defesa
Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa?

Considere as seguintes afirmações.

I. É um soneto no qual o poeta explica o que é a vaidade. Nele são desenvolvidos dois temas muito caros ao barroco: o caráter passageiro da vida e a inevitabilidade da morte.

II. Para esclarecer a sua idéia de vaidade, o poeta atribui significados para rosa, planta e nau e estabelece uma relação entre o significado de cada um desses termos e o vocábulo “vaidade”. Na primeira estrofe, o poeta diz que a vaidade é beleza aparente e, na segunda, que é esplendor e ornamentos. Na terceira, caracteriza o homem vaidoso, dizendo que este, embora tenha a presunção de ser eterno, atribui maior valor ao que é exterior e breve.

III. A última estrofe questiona se a vaidade vale a pena, uma vez que a morte é inexorável.

Quais estão corretas?

a) Apenas I          b) Apenas II         c) Apenas I e II

             d) Apenas II e III          e) I, II e III

16-  (UPF 2010 - Verão) Leia este poema de Gregório de Matos.

Discreta e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo a qualquer hora,
Em tuas faces a rosada Aurora,
Em teus olhos e boca, o Sol e o dia:

Enquanto com gentil descortesia,
O Ar, que fresco Adonis te namora,
Te espalha a rica tranca brilhadora
Quando vem passear-te pela fria.

Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trata, a toda a ligeireza
E imprime em toda flor sua pisada.

Oh não aguardes que a madura idade
te converta essa flor, essa beleza,
em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.

Leia as afirmações relativas ao poema acima.

I. Trata-se de um exemplo de poema amoroso de Gregório de Matos.

II. O poema sugere que o tempo converte a beleza e a juventude em morte, em fim, em nada. Portanto, e preciso aproveitar todo o tempo em que e possível gozar a vida. Assim, por meio destes versos, Gregório de Matos desenvolve um dos temas caros ao barroco, a passagem do tempo.

III. O poema possibilita refletir sobre a angústia do homem barroco ao tomar consciência de que, embora lhe seja possível contar o tempo, não tem a capacidade de controlar a sua passagem.

Qual(s) esta(ao) correta(s)?

a) I, II e III           b) Apenas I e II        c) Apenas I e III

            d) Apenas II e III             e) Apenas I

17-  (UPF 2010 - Inverno) Analise este poema de Gregório de Matos:

A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.

A vós, divinos olhos, eclipsados
De tanto sangue e lágrimas cobertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.

A vós, pregados pés, por não deixar-me,
A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa, pra chamar-me.

A vós, lado patente, quero unir-me,
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme.

Assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas, referentes ao poema acima:

(__) Integra o conjunto de poesias religiosas e demonstra que o temperamento combativo característico de tantos outros textos seus perde a rudeza, ganhando espaço uma ternura que sugere confiança e sinceridade.
(__) O eu lírico procura criar uma identificação com Cristo, assumindo uma posição humilde diante da grandeza divina, reconhecendo-se como pecador.
(__) Embora não fique evidente no poema o senso do pecado, o eu lírico expressa com veemência o seu desejo de ser perdoado.
(__) A contradição própria do homem barroco, que vivia com o espírito dilacerado devido ao significado da religião em sua existência e à vivência dos apelos mundanos, que o faziam pecar, fica clara pelo jogo de antíteses presente na estrutura do soneto. A presença dessa figura revela o refinamento da ideia predominante no poema.
(__) O eu lírico sente-se merecedor de estar intimamente unido a Cristo. Esse sentimento faz com que ele não expresse angústia e outros conflitos interiores ao se dirigir à divindade.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V-V-F-V-F           b) V-F-F-F-V          c) F-V-V-F-V

                    d) V-F-F-V-V                e) F-F-V-F-F

18-  (UNIFRA 2010 – Inverno adaptada) Leia, com atenção, o poema que segue:


Ofendi-vos, Meu Deus, bem é verdade,
É verdade, Meu Deus, que hei delinquido,
Delinquido vos tenho, e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.

Maldade, que encaminha à vaidade,
Vaidade, que todo me há vencido;
Vencido quero ver-me, e arrependido,
Arrependido a tanta enormidade.

Arrependido estou de coração,
De coração vos busco, dai-me os braços,
Abraços, que me rendem vossa luz.

Luz que claro me mostra a salvação,
A salvação pretendo em tais abraços,
Misericórdia, Amor, Jesus, Jesus.

Analise as afirmativas:

I - Trata-se de ______ , de Gregório de Matos, que revela traços da escola barroca.
II - Os dois primeiros quartetos apresentam a ideia de pecado e as duas últimas estrofes, a ideia de ______ .

Assinale a alternativa cujos termos completam corretamente as afirmativas I e II.

a) I – um soneto II – arrependimento
b) I – uma elegia II – sarcasmo
c) I – uma elegia II – revelação
d) I – uma ode II – iluminação
e) I – um soneto II – ironia

19-  (UFOP 2010) Leia o poema abaixo:

Aos principais da Bahia, chamados Caramurus

Há coisa como ver um Paiaiá
Mui prezado de ser Caramuru,
Descendente do sangue de tatu
Cujo torpe idioma é Cobepá?

A linha feminina é Carimá
Muqueca, pititinga, caruru,
Mingau de puba, vinho de caju
Pisado num pilão de Pirajá.

A masculina é uma Aricobé
Cuja filha Cobé, c´um branco Paí
Dormiu no promontório de Passé.

O branco é um Marau que veio aqui:
Ela é uma índia de Maré;
Cobepá, Aricobé, Cobé, Paí.

(MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos.
São Paulo: Cultrix, 1976. p.100)

Vocabulário:
paiaiá: pajé cobé: tupi cobepá: dialeto da tribo cobé
pititinga: peixe pequeno aricobé: tribo de índios
carimá: bolo de mandioca caramuru: europeu

Leia os comentários abaixo sobre o poema e assinale a alternativa que enumera as afirmativas CORRETAS.

1. No poema de Gregório, a mescla de português com vocabulário indígena é utilizada para produzir efeito cômico.
2. O poema é uma sátira aos descendentes de índios que ocupam posições de prestígio na administração da colônia.
3. O poema apresenta uma crítica aos desmandos e à corrupção do Brasil colônia, adotando o ponto de vista das minorias oprimidas.
4. O uso rigoroso da forma do soneto revela a familiaridade de Gregório de Matos com a tradição letrada de sua época.

a) 1, 2 e 4.               b) 2, 3 e 4.             c) 1, 2 e 3.

                    d) 2, 3 e 4.                       e) 3 e 4

20-  (UFSM 2011) O estilo cultista também exige exercício mental para a compreensão do texto, como neste soneto de Gregório de Matos dedicado a sua futura esposa, Maria dos Povos:

Discreta e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo claramente
Na vossa ardente vista o sol ardente,
E na rosada face a aurora fria:

Enquanto pois produz, enquanto cria
Essa esfera gentil, mina excelente
No cabelo o metal mais reluzente,
E na boca a mais fina pedraria:

Gozai, gozai da flor da formosura,
Antes que o frio da madura idade
Tronco deixe despido o que é verdura.

Que passado o zênite* da mocidade,
Sem a noite encontrar da sepultura
É cada dia ocaso da beldade.
* zênite: o ponto mais alto a que chega o sol; auge,
apogeu.

Esse estilo retorcido manifesta-se no uso abusivo de _________ em todas as estrofes; no desequilíbrio e na tensão das antíteses presentes nas estrofes ________ e no preciosismo das metáforas como ocorre em "esfera gentil, mina excelente", referindo-se ___________, e em "a mais fina pedraria", significando __________ .

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas.
a) hipérboles - 1 e 2 - ao sol ardente - a fala de Maria
b) hipérbatos - 2 e 4 - ao rosto de Maria - o sorriso de Maria
c) hipérboles - 1 e 3 - ao olhar de Maria - os diamantes da região
d) hipérbatos - 1 e 4 - ao astro solar - os dentes de Maria
e) hipérboles - 3 e 4 - às minas da região - as joias de Maria

(UEL 2012) Leia o poema a seguir e responda às questões 21 e 22.

QUEIXA-SE O POETA EM QUE O MUNDO VAY ERRADO, E QUERENDO EMENDÂLO O TEM POR EMPREZA DIFFICULTOSA.

Carregado de mim ando no mundo,
E o grande peso embarga-me as passadas,
Que como ando por vias desusadas,
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.

O remédio será seguir o imundo
Caminho, onde dos mais vejo as pisadas,
Que as bestas andam juntas mais ornadas,
Do que anda só o engenho mais profundo.

Não é fácil viver entre os insanos,
Erra, quem presumir, que sabe tudo,
Se o atalho não soube dos seus danos.

O prudente varão há-de ser mudo,
Que é melhor neste mundo, mar de enganos,
Ser louco cos demais que ser sisudo.

21-  A partir da leitura do poema, assinale a alternativa correta.

a) De temática satírica, o soneto aborda o tema da insanidade, buscando criticar a sociedade da época que não sabia lidar com a loucura, o que antecipa um tema que será abordado pelos poetas românticos.
b) O eu-lírico expressa um sentimento de culpa diante da sua impossibilidade de compreender o mundo, o que está em total consonância com o veio religioso da obra de Gregório de Matos.
c) De inspiração filosófica, o poema trata dos desenganos do eu-lírico frente a um mundo que não o entende e que o torna um indivíduo solitário, muitas vezes obrigado a acompanhar a loucura “dos demais”.
d) A temática religiosa aparece neste poema por meio da referência a Jesus Cristo, dada já na primeira estrofe, em que a metáfora da via-crucis é apresentada pelo eu-lírico como retrato de seu próprio sofrimento.
e) De temática amorosa, o poema traz os lamentos do eu-lírico, que, incapaz de conquistar o amor da mulher amada, usa o poema como fuga da realidade, procurando na loucura, assim, uma redenção para a sua dor.

22-  A respeito do poema, considere as afirmativas a seguir.

I. O eu-lírico se identifica com os intelectuais parnasianos, cujo engenho lhe inspira admiração, em oposição aos insanos de quem se distancia, associados a “bestas”, numa referência indireta à liberdade artística do movimento romântico.
II. O caminho a que se refere o eu-lírico ao longo do poema é uma metáfora da vida do próprio poeta, que se vale de dados concretos e fatos autobiográficos a fim de conferir maior verossimilhança à comparação entre vida e caminho.
III. O soneto de Gregório de Matos demonstra nítida inspiração petrarquiana, de modo que o equilíbrio formal do poema é alcançado pelo uso de versos decassílabos e de rimas interpoladas nos quartetos e intercaladas nos tercetos.
IV. Característica da lírica de Camões, o desconcerto do mundo aparece no soneto de Gregório de Matos na voz do eu-lírico que reconhece a insuficiência do intelecto diante da complexidade do universo.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Instrução O texto abaixo refere-se à questão número 01.
01 Triste Bahia! ó quão dessemelhante
02 Estás e estou do nosso antigo estado!
03 Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
04 Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

05 A ti trocou-te a máquina mercante,
06 que em tua larga barra tem entrado,
07 A mi foi-me trocando e tem trocado
08 Tanto negócio e tanto negociante.

09 Deste em dar tanto açúcar excelente
10 Pelas drogas inúteis, que abelhuda
11 Simples aceitas do sagaz Brichote.

12 Oh se quisera Deus que de repente
13 Um dia amanheceras tão sisuda
14 Que fora de algodão o teu capote!

23-  (UFRGS 2012) - Com relação ao soneto de Gregório de Matos acima transcrito, assinale a afirmação incorreta.

(A) A expressão quão dessemelhante (verso 1) aponta um contraste entre o passado e o presente, entre um antigo estado (verso 2) e um estado atual.
(B) À lamentação expressa no primeiro quarteto, segue-se, no segundo, a menção às forcas motivadoras da transformação do estado anterior.
(C) As transformações sofridas pela Bahia e pelo poeta aconteceram no passado e já se encerraram, conforme se pode constatar no segundo quarteto.
(D) No primeiro Terceto, o caráter lesivo das trocas mencionadas torna-se evidente pelo contraste entre a excelência do açúcar e a inutilidade das drogas.
(E) As duas últimas estrofes expressam o desejo do poeta de ver a Bahia modificar-se: passar de abelhuda a sisuda.

24-  (UFRGS-2013) Leia o poema abaixo, de Gregório de Matos Guerra.

Retrato / Dona Ângela

Anjo no nome, Angélica na cara,
Isso é ser flor e anjo juntamente,
Ser Angélica flor, e Anjo florente
Em quem, senão em vós, se uniformara?

Quem veria uma flor, que não a cortara
Do verde pé, da rama florescente?
E quem um anjo vira tão luzente,
Que por seu deus não idolatrara?

Se como Anjo sois dos meus altares
Fôreis o meu custódio, e a minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares,

Mas vejo que tão bela e tão galharda,
Posto que os anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo que me tenta, e não me guarda.

Considere as seguintes afirmações sobre o poema.

I . O poeta explora o paralelo entre Anjo e Angélica e revela a condição perecível e doméstica da flor, permitindo que se perceba a uniformização pretendida pelo barroco, a qual estabelece regras poéticas rígidas.
II . A mulher Anjo Luzente, no poema, encarna tanto o anjo protetor que livra “de diabólicos azares”, quanto a criatura feminina tentadora que provoca a imaginação e a sensualidade.
III . A associação e o contraste da flor, que seria cortada do verde pé, com o Anjo luzente a ser idolatrado, indica o diálogo do poeta (vós) com o anjo enviado pelos céus para proteger os altares de sua esposa.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas I e II.
(D) Apenas I e III.
(E) I, II e III.

25-   (UFRGS-2013) As duas colunas, abaixo, apresentam versos de lguns poemas de Gregório de Matos Guerra. Associe adequadamente a coluna da direita à da esquerda, indicando os tercetos que pertencem a cada soneto, cujo quarteto inicial se encontra na coluna da esquerda.

1 - Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa piedade me despido,
Porque quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.

2 - Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

3 - Triste Bahia! Oh quão dessemelhante
Estás, e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vejo eu já, tu a mi abundante.

4 - Um soneto começo em vosso gabo:
Contemos esta regra por primeira;
Já lá vão duas, e esta é a terceira,-
Já este quartetinho está no cabo

(   ) eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
perder na vossa ovelha a vossa glória.

(   ) Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza.
A firmeza somente na incostância.

(   ) Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

(   ) N’esta vida um soneto já ditei;
Se d’esta agora escapo, nunca mais:
Louvado seja Deus, que o acabei.

A sequência correta de preenchimento dos parentêses, de cima para baixo, é:

(A) 4 – 2 – 1 – 3.
(B) 3 – 2 – 1 – 4.
(C) 1 – 2 – 3 – 4.
(D) 1 – 4 – 2 – 3.
(E) 2 – 3 – 4 – 1.

GABARITO:



1-      C
2-      A
3-      B
4-      E
5-      C
6-      B
7-      C
8-      E
9-      E
10-   A
11-   C
12-   C
13-   B
14-   C
15-   E
16-   D
17-   E
18-   A
19-   A
20-   D
21-   C
22-   C
23-   C
24-   B
25-   C